Ecos do Hip Hop chegam à Universidade
- Genivan Júnior
- 31 de jul. de 2017
- 2 min de leitura
Alunos da 9ª turma do curso de jornalismo da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) promovem evento aberto à comunidade com coletivo DMG e trazem rap, break e batalha para a academia.

Andrea Felix, Nardiellen, Rafaela, Sara, Isa, Aliara com sua filha Aisha e Lidiane (da esquerda para a direita) Integrantes do DMG falam sobre ser mulher no rap. Foto: Genivan Júnior
Dia 20 de julho de 2017 aconteceu na Universidade Federal de Uberlândia, campus Santa Mônica, o evento denominado “Batalha na UFU”, com o propósito de trazer a Cultura Hip Hop à Universidade. O evento trouxe para a acadêmia palestra com o coletivo de rap feminino “Das Minas Gerais - DMG” idealizado por Andrea Felix em dezembro de 2016, um grupo heterogêneo composto por nove mulheres com diferentes histórias, que contaram um pouco sobre a história do Coletivo e os desafios enfrentados por serem mulheres, em um meio que ainda é muito machista.
O “Batalha na UFU” ainda contou com workshops de rima, com Rafaela Rodrigues e de dança [Break] com Aliara Martins, ambas integrantes do DMG. No final do evento, que contou com dezenas de jovens participantes rolou a aguardada Batalha na UFU, que premiou o vencedor com um Vinho Pérgola. O evento foi resultado de um projeto educomunicativo, “Entre as Minas Gerais” de cinco estudantes do primeiro período do curso de jornalismo da UFU.
A cultura Hip Hop surgiu na periferia dos grandes centros na segunda metade do século XX, e é vista até hoje como símbolo de resistência. Apesar do Hip Hop está inserido na cultura de muitos jovens universitários, é evidente o distanciamento desta cultura no cotidiano das universidades, daí a importância de trazê-la para o meio academicista. Segundo Rafaela, integrante do coletivo “trazer o rap, o Hip Hop para dentro da universidade é bater de frente com a elite que está presente dentro dela, e acho que traz diversidade, porque não é sempre que você vê algo da cultura Hip Hop dentro da universidade. É algo novo e que ensina as pessoas que têm curiosidade ou vontade de fazer parte, traz uma novidade para as pessoas. E até quebra o tabu de algumas que às vezes poderiam ter um preconceito contra isso, então eu acho que trazer esse evento pra cá quebra preconceitos, traz diversidade, e desperta alegria e o interesse nas pessoas que os veem.”
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